O Relatório de Fraude Scamscope, da ACI Worldwide e GlobalData, aponta que as perdas com golpes no Pix devem ultrapassar US$ 635,6 milhões no Brasil até 2027. Com 150 milhões de usuários ativos e mais de 37 bilhões de transações em 3 anos, o Pix se tornou o 2º maior mercado mundial em transações em tempo real. No entanto, o crescimento da ferramenta também atrai golpistas, prejudicando a inclusão financeira.
De acordo com Cléber Martins, sites e mensagens falsas são a principal isca para golpes com Pix. Os golpistas criam uma sensação de urgência para que a vítima caia na armadilha. O dinheiro da vítima passa por "contas-mula" antes de chegar aos fraudadores, dificultando o rastreio. Esses recursos podem ser convertidos em ativos digitais.
“Normalmente, o dinheiro da vítima passa por uma — ou várias — "contas-mula", que servem para dividir e transferir os recursos, dificultando o rastreio por parte das instituições financeiras. De lá, chegam aos fraudadores ou são convertidos em ativos digitais”, afirma.
Ainda conforme o especialista, inteligência artificial é utilizada pelos bancos para analisar o comportamento do consumidor e detectar possíveis fraudes.
“A telemetria do smartphone, internet banking e caixa eletrônico são monitorados para identificar sinais de risco, como comportamento de urgência, garantindo maior segurança”, destacou.
Em 2023, criminosos desviaram R$ 1,5 bilhão em golpes do Pix, onde R$ 7 a cada R$ 10 mil movimentados foram fraudulentos. 27% dos golpes foram pedidos de pagamento antecipado e 20% transferências para compras.