O Centro de Conservação da Fauna Silvestre (CCFS), conhecido como zoológico de Ilha Solteira, encerrou definitivamente as atividades de visitação pública, informou a Rio Paraná Energia S.A, subsidiária da CTG Brasil. A decisão passou a valer no dia 1º de julho de 2025. A empresa afirmou que os animais que permanecem no local seguem recebendo cuidados veterinários enquanto são transferidos para outros projetos de conservação. Após a conclusão dessas transferências, a área de cerca de 18 hectares será devolvida à Cesp, atual proprietária do imóvel.
Segundo a nota da Rio Paraná Energia, a medida contou com o aval do Ibama e tramitação alinhada ao Ministério Público Federal, e faz parte de uma nova estratégia de conservação da companhia, com foco na proteção de habitats naturais e no monitoramento da fauna em liberdade. A empresa destacou que redirecionará recursos para programas de conservação na natureza.
O CCFS foi criado pela Cesp em 1979 para abrigar animais afetados pelos empreendimentos hidrelétricos do Complexo de Urubupungá. Em diferentes momentos da sua história o espaço manteve um plantel diversificado, com espécies de répteis, aves e mamíferos, incluindo animais ameaçados, e já chegou a receber cerca de 40 mil visitantes por ano. A visitação pública era aberta aos fins de semana; em março de 2020 o local suspendeu o atendimento por causa da pandemia e retornou em novembro de 2022 com atendimento restrito e por agendamento.
A Rio Paraná Energia não detalhou quantos exemplares permanecem no local nem os destinos específicos para onde serão levados. A expectativa é que, após a devolução à Cesp, a área seja colocada à disposição da proprietária, possivelmente à venda, como ocorreu com outros imóveis da empresa na cidade.
Nota Oficial
"A Rio Paraná Energia S.A., subsidiária da CTG Brasil, esclarece que encerrou as atividades de visitação do Centro de Conservação da Fauna Silvestre (CCFS) de Ilha Solteira desde 1º de julho de 2025. Todos os animais atualmente abrigados no CCFS continuam recebendo os cuidados necessários até serem transferidos para projetos de conservação. Após a conclusão dessa transferência, a área será devolvida à proprietária CESP. Essas ações estão em conformidade com o Ministério Público Federal e aval do IBAMA e representam uma evolução na estratégia de conservação da biodiversidade da companhia, direcionando seus esforços e investimentos para programas de conservação na natureza, focados na proteção de habitats naturais e monitoramento da fauna silvestre em vida livre. Essa decisão reafirma o compromisso da CTG Brasil com a sustentabilidade e a conservação ambiental na região."