Trump assina ordem para recomendar flexibilização das regras sobre a maconha nos EUA

Medida orienta reclassificação da droga para categoria menos rígida e pode ampliar pesquisas médicas e impactar o setor.

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Alex Santos
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Trump assina ordem para recomendar flexibilização das regras sobre a maconha nos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira (18) uma ordem que recomenda o afrouxamento das regras federais sobre a maconha. O texto orienta o procurador-geral a acelerar o processo de reclassificação da substância na legislação federal.

Atualmente, a maconha está na mesma categoria federal que drogas como heroína e ecstasy, consideradas de alto potencial de abuso e sem uso médico aceito. A proposta prevê que a droga passe para uma classificação menos rígida, semelhante à de analgésicos comuns, o que pode alterar seu status legal.

Segundo autoridades, o objetivo da medida é ampliar as pesquisas científicas sobre a maconha e seus derivados, permitindo uma avaliação mais ampla dos riscos e de possíveis usos terapêuticos. A iniciativa é considerada uma das mudanças federais mais relevantes sobre o tema nas últimas décadas.

A reclassificação pode trazer impactos diretos para a indústria do setor, incluindo redução de punições criminais, aumento de investimentos em pesquisa e maior facilidade de acesso das empresas a bancos e investidores.

Apesar disso, o uso recreativo da maconha continuará ilegal no âmbito federal. As regras seguem variando conforme a legislação de cada estado, e atualmente 24 dos 50 estados norte-americanos já legalizaram o uso da substância.

A maconha é a droga ilícita mais consumida nos Estados Unidos e no mundo. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), quase um em cada cinco moradores do país utiliza a substância ao menos uma vez por ano. Ao mesmo tempo, milhões de pessoas já foram presas por posse da droga, enquanto empresas do setor operam legalmente e têm ações negociadas em bolsa.

A recomendação agora será analisada pela Agência de Fiscalização de Drogas (DEA), responsável por revisar a classificação das substâncias controladas. A decisão final sobre a mudança cabe ao órgão.