Servidores do Judiciário em Santa Fé do Sul (SP) aderiram à greve da categoria que teve início no dia 14 de maio em todo o estado de São Paulo. A paralisação tem como principais reivindicações a reposição salarial, novas contratações e melhorias nas condições de trabalho. Segundo os grevistas, o movimento é por tempo indeterminado e será mantido até que o Tribunal de Justiça apresente propostas concretas.
Na manhã desta quarta-feira (21), cerca de 30 servidores realizaram uma manifestação pacífica em frente ao Fórum da cidade, com o objetivo de chamar a atenção da população e das autoridades para as demandas da categoria.
Leandro Costa, escrevente e um dos representantes do movimento em Santa Fé do Sul, afirmou que a greve na cidade começou na segunda-feira (19). “Nosso movimento é para que o Tribunal de Justiça cumpra a lei que ele mesmo criou e ofereça uma remuneração justa aos seus servidores. Também precisamos de mais funcionários. A falta de pessoal impacta diretamente na qualidade do serviço prestado à população”, explicou.
Mesmo com a paralisação, Leandro garantiu que os serviços essenciais estão mantidos. "Por lei, precisamos manter 30% dos servidores em atividade. Por isso, o atendimento no fórum continua, especialmente nos casos urgentes. A população que procurar o tribunal será atendida. O que pode acontecer é uma lentidão no andamento de processos, já que o número de funcionários foi reduzido”, completou.
Ainda nesta quarta-feira (21), uma assembleia será realizada na capital paulista, onde o Tribunal de Justiça deve apresentar uma proposta à categoria. A expectativa dos servidores é de avanços nas negociações e de uma resposta positiva às suas reivindicações.
Eda Mara, diretora da Associação dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo – subsede de São José do Rio Preto, reforçou ao Portal017/Jovem Pan que a categoria acumula uma defasagem salarial de quase 25% nos últimos 20 anos. Ela destacou ainda a necessidade urgente de concursos públicos e da exigência de nível superior para o cargo de escrevente, como forma de valorizar os profissionais.