Saúde de SP alerta para risco de reintrodução do sarampo durante temporada de cruzeiros

Aumento do fluxo de viajantes eleva atenção para vacinação e medidas de prevenção no litoral paulista

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Alex Santos
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Saúde de SP alerta para risco de reintrodução do sarampo durante temporada de cruzeiros

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) emitiu nesta semana um alerta sobre o risco de reintrodução do sarampo durante a atual temporada de cruzeiros no litoral paulista. O período começou em 26 de outubro de 2025 e segue até 19 de abril de 2026, com a expectativa de transportar mais de 670 mil passageiros pelo país, conforme dados da CLIA Brasil.

Segundo a Secretaria, a preocupação está relacionada à circulação internacional de viajantes e tripulantes, aliada à existência de surtos ativos da doença em diferentes regiões do mundo. Em 2025, o Brasil registrou 38 casos de sarampo associados à importação do vírus, sendo dois confirmados no estado de São Paulo até o mês de dezembro.

O sarampo é transmitido pelo ar e se espalha com facilidade em ambientes fechados e com grande concentração de pessoas, como navios. Por isso, a SES-SP orienta que pessoas que pretendem embarcar em cruzeiros ou participar de grandes eventos verifiquem a caderneta de vacinação e completem o esquema da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. A recomendação é que a imunização seja realizada pelo menos 15 dias antes da viagem.

sarampo é transmitido pelo ar e se espalha com facilidade em ambientes fechados - Imagem: Reprodução

Além da vacinação, a Secretaria reforça medidas preventivas, como cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar, higienizar as mãos com frequência, evitar o compartilhamento de objetos pessoais, priorizar ambientes ventilados e manter distância de pessoas com sintomas de doenças respiratórias.

Após o retorno de viagens, a orientação é observar possíveis sinais da doença por até 30 dias. Febre alta, manchas vermelhas na pele, tosse, coriza ou conjuntivite devem ser considerados sinais de alerta, exigindo a procura imediata por atendimento de saúde e a comunicação do histórico de viagem, evitando a circulação em locais públicos.

A SES-SP também reforça que o sarampo é uma doença de notificação compulsória imediata. Profissionais e serviços de saúde devem comunicar casos suspeitos à vigilância epidemiológica em até 24 horas, para que sejam adotadas medidas de controle e contenção. A Secretaria informou que seguirá atuando em conjunto com municípios e órgãos portuários para o monitoramento da situação e proteção da população.