O estado de São Paulo registrou em 2025 o maior fluxo de turistas estrangeiros de sua história, com estimativa de 2,8 milhões de visitantes internacionais, segundo dados do Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET) da Secretaria de Turismo e Viagens de São Paulo (Setur-SP). O resultado consolidou o estado como a principal porta de entrada do país para viajantes do exterior.
No total, o fluxo de turistas em São Paulo alcançou 51,5 milhões de visitantes no ano, número 500 mil acima da projeção inicial. Deste total, 48,7 milhões foram de turismo doméstico, que cresceu 4,3% em relação a 2024, enquanto o turismo internacional avançou 23,1%, demonstrando ganho de relevância nas rotas globais.
A expansão do movimento turístico teve impacto econômico direto: o CIET estimou que o Produto Interno Bruto (PIB) do turismo paulista atingiu R$ 341 bilhões em 2025, alta de 3,75% ante 2024, passando a representar 9,75% do PIB estadual. Segundo o levantamento, o desempenho superior foi puxado principalmente pela recuperação das chegadas internacionais, pelo fortalecimento do turismo de proximidade e pela melhora do mercado de trabalho no setor.
A infraestrutura aeroportuária do estado foi apontada como fator determinante para o resultado. O complexo formado por Guarulhos, Congonhas e Viracopos — o maior hub aeroportuário do Hemisfério Sul e da América Latina — foi responsável por grande parte das conexões internacionais. Em 2025, o sistema movimentou cerca de 84 milhões de embarques e desembarques, e o total de passageiros nos aeroportos paulistas, incluindo 11 terminais regionais, chegou a 86,2 milhões.
No mercado de trabalho, o setor turístico apresentou saldo líquido positivo: foram projetados 39 mil novos postos de trabalho formais diretos, elevando o estoque para 972.371 empregos formais no segmento, um incremento de 4,2% sobre o ano anterior.
Autoridades estaduais e representantes do setor atribuíram o desempenho à combinação entre melhor conectividade internacional, aquecimento do consumo por viagens e recuperação econômica pós-pandemia, que reforçaram a atratividade de São Paulo como destino e porta de entrada ao Brasil.