Santa Fé do Sul vive situação de seca extrema, segundo relatório do Cemaden

Além do município, outras cidades da região enfrentam a mesma situação, caracterizada pela ausência prolongada de precipitação e níveis extremamente baixos de umidade atmosférica.

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Alex Santos
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Santa Fé do Sul vive situação de seca extrema, segundo relatório do Cemaden
Os meteorologistas preveem que a seca em 2024 será mais severa do que a de 2023 - Reprodução

Santa Fé do Sul (SP) enfrenta uma situação crítica de seca extrema, conforme indicado pelo Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Este é um dos níveis mais graves de alerta emitido pelo Cemaden, que avalia as condições de ausência de chuva e umidade nas regiões monitoradas.

De acordo com o Cemaden, a seca extrema é caracterizada por uma ausência prolongada de precipitação e níveis extremamente baixos de umidade atmosférica, fatores que afetam diretamente a disponibilidade de água para consumo humano, agrícola e industrial.

As consequências incluem o aumento da dificuldade para o abastecimento de água e impactos negativos na agricultura local, que pode enfrentar perdas significativas devido à falta de irrigação.

Segundo o Banco de Dados Meteorológicos do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), Santa Fé do Sul está há mais de 100 dias sem registro de chuva. O município registrou apenas 3,8 milímetros de precipitações no dia 10 de abril de 2024. Além disso, a umidade relativa do ar no município vem registrando índices diários abaixo dos 30%.

As cidades de Rubinéia, Santa Clara d’Oeste, Santa Rita d’Oeste, Santa Albertina, Três Fronteiras, Nova Canaã Paulista, Aparecida d’Oeste, Santa da Ponte Pensa, Santa Salete, Urânia, Jales, Aspásia, Suzanápolis, Dirce Reis, Estrela d’Oeste, entre outras cidades da região também apresentam situação crítica de seca extrema.

Já o município de Fernandópolis apresenta o segundo pior índice da região: seca severa.

Causas

Mesmo com o fim do El Niño anunciado em junho, a seca persiste devido a fatores como águas oceânicas mais quentes e mudanças climáticas, que intensificaram o fenômeno. A La Niña, prevista para agosto, pode ajudar a aumentar a chuva e reduzir a estiagem, mas seus efeitos significativos só devem ser sentidos em cerca de seis meses, caso a La Niña seja intensa.

Os meteorologistas preveem que a seca em 2024 será mais severa do que a de 2023.

Monitoramento

O Cemaden, órgão federal que monitora a seca, classifica as cidades em quatro categorias: extrema, severa, moderada e fraca. Atualmente, mais de três mil cidades estão em alguma dessas categorias.

Dentre elas, 1.024 estão em seca extrema ou severa, um aumento de quase 23 vezes em relação ao mesmo período do ano passado, quando 45 cidades estavam nesses níveis.

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