Red Flag: GAECO e Polícia Federal desarticulam esquema milionário de tráfico aéreo de drogas no interior de SP

Força-tarefa cumpre 33 mandados em quatro estados e investiga grupo que movimentou mais de R$ 160 milhões com transporte de cocaína em aeronaves agrícolas.

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Alex Santos
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Red Flag: GAECO e Polícia Federal desarticulam esquema milionário de tráfico aéreo de drogas no interior de SP
A operação cumpre 33 mandados de busca e apreensão - Imagem: Gaeco/Polícia Federal

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), em conjunto com a Polícia Federal, deflagrou na manhã desta quinta-feira (23) a Operação Red Flag, que investiga um esquema milionário de tráfico de drogas transportadas por aeronaves no interior de São Paulo e em outros estados.

A operação cumpre 33 mandados de busca e apreensão, além de oito mandados de prisão preventiva e um de prisão temporária nas cidades de Araçatuba, Birigui, Vera Cruz, Catanduva e Garça (SP); Curitiba, Londrina e Toledo (PR); Aral Moreira e Campo Grande (MS); e Colíder (MT). Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Birigui.

As investigações começaram há cerca de um ano, após a identificação de um piloto de aeronaves da região de Araçatuba, suspeito de atuar no transporte aéreo de drogas para uma organização criminosa interestadual. Segundo o GAECO, aeronaves agrícolas eram adaptadas para transportar grandes quantidades de cocaína, tendo como base hangares e oficinas em Birigui.

Grupo movimentou mais de R$ 160 milhões em transações suspeitas - Imagem: Gaeco/Polícia Federal

O grupo criminoso possuía uma estrutura complexa, com núcleos especializados em logística aérea e terrestre, finanças e lavagem de dinheiro. Em uma das ações, no final de 2024, o grupo chegou a transportar quase uma tonelada de cocaína utilizando uma aeronave agrícola no interior do Paraná.

As investigações apontam ainda que, nos últimos anos, o grupo movimentou mais de R$ 160 milhões em transações suspeitas, utilizando contas de empresas, pessoas físicas e laranjas para mascarar a origem dos recursos. Os suspeitos mantinham padrão de vida de luxo, com imóveis de alto padrão, veículos caros, propriedades rurais e até aeronaves particulares.

Além das prisões, foram determinadas medidas cautelares para bloquear bens e interromper as atividades financeiras do grupo. Os investigados poderão responder por tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

O grupo criminoso possuía uma estrutura logística aérea e terrestre e finanças - Imagem: Gaeco/Polícia Federal