Protetoras realizam protesto em Jales após série de mortes de cães por envenenamento

Manifestantes pediram justiça em frente à delegacia e à Câmara Municipal; quatro animais morreram em casos investigados pela Polícia Civil.

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Alex Santos
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Protetoras realizam protesto em Jales após série de mortes de cães por envenenamento
De acordo com a Polícia Civil, quatro cães morreram por suspeita de envenenamento - Imagem: Rafael Honorato/Rádio Assunção

Protetoras de animais de Jales (SP) realizaram uma manifestação no final da tarde desta segunda-feira (20), em frente à Central de Polícia Judiciária, na Avenida João Amadeu, pedindo justiça pelos recentes casos de envenenamento de cães na cidade.

Com cartazes e apitos, cerca de 40 pessoas participaram do ato, que durou aproximadamente uma hora. Após a concentração em frente à delegacia, o grupo seguiu para a Câmara Municipal, onde ocorria a sessão ordinária. As manifestantes permaneceram no plenário por cerca de 15 minutos, exibindo cartazes e cobrando providências das autoridades, antes de deixar o local pacificamente.

De acordo com a Polícia Civil, quatro cães morreram por suspeita de envenenamento em diferentes bairros de Jales nas últimas semanas. Os casos são investigados como maus-tratos a animais. O delegado responsável, Marcel Farinazzo, confirmou que o quarto óbito foi registrado na segunda-feira (20).

O caso que ganhou maior repercussão ocorreu no dia 15 de outubro, no Jardim América. Câmeras de segurança registraram o momento em que um homem estaciona um carro em frente a uma residência e arremessa uma sacola para dentro do imóvel. Um dos cães da casa ingeriu o conteúdo e morreu pouco depois. O laudo veterinário confirmou envenenamento como causa da morte.

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Após a divulgação das imagens, novos boletins de ocorrência foram registrados. Em 8 de outubro, o tutor de um beagle de 10 anos encontrou o animal morto na calçada, apresentando vômito, diarreia e espuma na boca. Já no dia 16, uma cadela sem raça definida, de oito anos, foi achada debaixo de um carro com sintomas de intoxicação. Próximo ao local havia resquícios de uma substância semelhante ao “chumbinho”.

O setor de Zoonoses foi acionado e orientou o descarte adequado dos animais. Alguns cães, no entanto, foram enterrados pelos tutores antes de passarem por necropsia, o que dificulta a coleta de provas.

A Polícia Civil informou que já identificou um suspeito — um idoso de 72 anos —, mas não realizou prisão porque os casos não ocorreram em flagrante. As investigações continuam para apurar se os episódios têm relação entre si e se o mesmo autor é responsável por todas as mortes.