Prisão de mulher que transportou fuzil ajuda a polícia a avançar nas investigações da morte do ex-delegado Ruy Ferraz

Segundo as autoridades, Dahesly teve papel no transporte de um fuzil de Diadema até o litoral e teria trazido a arma de volta — o armamento é apontado como um dos usados no crime.

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Alex Santos
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Prisão de mulher que transportou fuzil ajuda a polícia a avançar nas investigações da morte do ex-delegado Ruy Ferraz
Dahesly Oliveira Pires, 25 anos, foi presa temporariamente - Imagem: Polícia Civil

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou nesta quinta-feira (18) que a detenção de Dahesly Oliveira Pires, 25 anos, representa avanço nas apurações sobre o assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz, ocorrido em Praia Grande. Segundo as autoridades, Dahesly teve papel no transporte de um fuzil de Diadema até o litoral e teria trazido a arma de volta — o armamento é apontado como um dos usados no crime. A prisão temporária dela, válida por 30 dias e passível de renovação por igual período, foi considerada pela investigação um ponto de ligação para identificar outros envolvidos na quadrilha responsável pelo homicídio.

A polícia informou que Dahesly viajou até Praia Grande em um carro de aplicativo para retirar um “pacote” que, conforme investigadores, continha um dos fuzis utilizados na execução. Em declaração durante agenda em Araçatuba, o governador disse que a localização e análise dessa arma devem levar ao encontro de novos suspeitos.

No mesmo dia, o secretário estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite, divulgou nomes e fotos de dois procurados apontados como participantes do crime: Felipe Avelino da Silva (conhecido como Masquerano) e Flávio Henrique Ferreira de Souza, 24 anos. Ambos têm mandados de prisão em aberto e seguem foragidos. Derrite afirmou não ter dúvidas sobre o envolvimento do crime organizado no homicídio.

Ruy Ferraz Fontes, de 64 anos, atuou por cerca de 40 anos na Polícia Civil e foi pioneiro nas investigações contra o PCC. Desde janeiro de 2023 ele exercia a função de secretário de Administração de Praia Grande. O ex-delegado foi morto na segunda-feira (15) após encerrar o expediente na prefeitura. As linhas investigativas incluem retaliação do crime organizado por seu histórico no combate à facção e a possibilidade de uma emboscada motivada por conflitos relacionados ao trabalho na administração municipal.