Policiais denunciam furto de fuzil, mas arma nunca deixou a unidade

Imagens de câmeras mostraram que o fuzil, supostamente furtado durante um atendimento, foi deixado na base da PM e não levado à ocorrência. A arma, modelo Imbel IA-2, é considerada de guerra, com alta precisão e alcance.

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Alex Santos
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Policiais denunciam furto de fuzil, mas arma nunca deixou a unidade
Apesar do mal-entendido, o caso gerou atenção devido ao potencial destrutivo do armamento - Reprodução

Dois policiais militares de Paulo de Faria (SP) denunciaram o furto de um fuzil de alto poder destrutivo durante um atendimento na cidade, mas as investigações apontaram que a arma, na verdade, nunca deixou a base da Polícia Militar. O caso ocorreu em 30 de dezembro, quando a equipe parou para prestar apoio a um acidente de trânsito entre um carro e uma moto na Rodovia Armando de Sales Oliveira.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado pelos policiais, eles deixaram a viatura com os vidros fechados durante o atendimento e, ao retornar, encontraram o vidro do passageiro aberto, constatando o desaparecimento do fuzil, que estava carregado com 30 munições. A arma, um modelo Imbel IA-2, é utilizada por forças militares, tem capacidade de realizar 30 disparos em rajada e pode perfurar coletes à prova de balas. Avaliada em cerca de R$ 15 mil, a arma é considerada de guerra, com alcance máximo de 1.800 metros e velocidade de disparo de 780 metros por segundo.

No entanto, durante a investigação conduzida pela Polícia Civil, imagens de câmeras de segurança revelaram que o fuzil havia sido deixado na base da Polícia Militar e não levado para o atendimento. O delegado de Paulo de Faria, Daniel Carvalho Borges, confirmou o equívoco e encerrou as investigações. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) reforçou que o armamento nunca saiu da instituição e informou que a Polícia Militar instaurou um procedimento administrativo para apurar as responsabilidades no ocorrido.

Paulo de Faria, localizada no extremo norte do estado de São Paulo, tem pouco mais de 7.400 habitantes e é uma cidade de baixa criminalidade. O último homicídio no município foi registrado em 2018. Apesar do mal-entendido, o caso gerou atenção devido ao potencial destrutivo do armamento em questão e às circunstâncias que levaram ao registro do boletim de ocorrência. O procedimento administrativo segue em andamento, mas a SSP não informou prazo para sua conclusão.