A Polícia Militar de São José do Rio Preto (SP) iniciou uma investigação interna para apurar a conduta de policiais que estavam presentes quando o vice-prefeito da cidade, Fábio Marcondes (PL), fez ofensas racistas contra um segurança do Palmeiras, após o jogo contra o Mirassol, no domingo (23). O vice-prefeito é investigado por injúria racial, após proferir insultos ao segurança, incluindo o xingamento “lixo” e o grito “macaco velho”, em um vídeo que circula nas redes sociais.
O segurança, que reagiu dizendo "racismo não", foi ofendido quando pediu ao filho de Marcondes para se retirar de uma área restrita do estacionamento. Apesar de três policiais militares estarem presentes no momento da discussão, Marcondes não foi advertido nem impedido de deixar o estádio, o que motivou a apuração sobre uma possível omissão por parte dos PMs. A Polícia Militar também acompanhou o segurança até a delegacia de Mirassol, onde foi registrado o boletim de ocorrência por injúria racial.
Em nota, Marcondes alegou que as imagens divulgadas representam apenas uma parte da situação e que a discussão teria começado após ofensas direcionadas ao seu filho. Ele também se colocou à disposição para colaborar com as investigações.
O caso gerou ampla repercussão e recebeu manifestações de repúdio. O Palmeiras, o Mirassol e a Prefeitura de Rio Preto emitiram notas condenando o racismo. O secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL), também se manifestou, afirmando que um inquérito policial foi instaurado e que "condutas racistas não ficarão impunes".
O crime de injúria racial, previsto no Código Penal, pode resultar em pena de 2 a 5 anos de prisão.