Polícia Civil desarticula esquema de fraudes financeiras após prejuízo de R$ 38 mil a pecuarista de Valentim Gentil

A Polícia Civil de Votuporanga descobriu uma quadrilha que aplicava golpes financeiros em home office, iniciando a investigação após um pecuarista perder R$ 38 mil na compra fictícia de uma máquina agrícola.

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Alex Santos
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Polícia Civil desarticula esquema de fraudes financeiras após prejuízo de R$ 38 mil a pecuarista de Valentim Gentil
A investigação culminou na prisão dos cinco envolvidos - Reprodução

Uma investigação detalhada da Polícia Civil de Votuporanga revelou uma organização criminosa especializada em golpes financeiros na modalidade home office, que operava a partir de um condomínio de luxo em Indaiatuba e de apartamentos em São Paulo. O casal responsável, junto com outros três comparsas, teria arrecadado mais de R$ 1 milhão em apenas sete meses, aplicando fraudes envolvendo a venda de produtos inexistentes.

A investigação começou quando um pecuarista de Valentim Gentil perdeu R$ 38 mil ao tentar comprar uma suposta máquina agrícola, anunciada em uma rede social e negociada por meio de ligações e mensagens de WhatsApp com representantes de uma financeira falsa e um vendedor fictício. Utilizando técnicas de inteligência e cruzamento de dados telefônicos e telemáticos, a polícia conseguiu rastrear os criminosos, que usaram métodos sofisticados para ocultar seus rastros, como empresas fantasmas e serviços de internet e telefonia "frias".

Após quebra de sigilos financeiros e telefônicos, foi possível identificar o esquema de lavagem de dinheiro, com os criminosos utilizando contas bancárias de terceiros – chamadas "conteiros" – para esconder os lucros ilícitos. A investigação culminou na prisão dos cinco envolvidos, sendo que duas mulheres receberam liberdade provisória devido a terem filhos pequenos, enquanto os homens permanecem presos aguardando julgamento.

O golpe funciona principalmente através de anúncios tentadores, oferecendo produtos com preços muito abaixo do valor de mercado. No caso do pecuarista, a máquina agrícola foi oferecida por um valor bem inferior, com a justificativa de "restrição de alienação", o que enganou a vítima.