PMA resgata arara-canindé usada como atração turística ilegal em Rubinéia

A PMA recebeu denúncias anônimas de que morador de Rubinéia (SP) cobrava fotos de turistas com a ave ameaçada de extinção. Além disso, o animal estava com parte das asas cortadas

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Alex Santos
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PMA resgata arara-canindé usada como atração turística ilegal em Rubinéia
Os policiais foram ao local e verificaram que o animal estava com penas de uma das asas cortadas - Divulgação/PMA

Um morador do município de Rubinéia (SP) foi multado em R$ 5 mil pela Polícia Militar Ambiental de Santa Fé do Sul por usar animais silvestres como atrativo turístico. O caso foi descoberto na sexta-feira (22), após denúncias de que o morador do condomínio Lagoa da Garça cobrava fotos de turistas com uma arara da espécie canindé. A ave estava com parte das asas cortas, segundo denúncia anônima.

Os policiais foram ao local e verificaram que o animal estava com penas de uma das asas cortadas. Segundo o proprietário, há cinco meses está com o animal. A ave teria sido levada ainda filhote por um amigo para ser cuidada, após cair de um ninho da praça central do município e lesionado o bico. Além disso, o animal ficava solto no quintal.

A equipe da PMA autuou o homem em R$ 5 mil, por manter em cativeiro, espécime da fauna silvestre nativa, sem autorização do órgão ambiental competente.

A ave foi resgatada, colocada em um viveiro e foi encaminhada para a sede da Polícia Militar Ambiental de Santa Fé do Sul (SP). O animal será encaminhada ao Zoológico de São José do Rio Preto (SP).

Espécie em extinção

A PMA ressalta ainda que por Decreto Estadual, a arara-canindé, que também é conhecida como arara-de-barriga-amarela ou arara-araruna são espécies e subespécies da fauna silvestres regionalmente extintas ou ameaçadas de extinção no estado de São Paulo. Além de ser considerada “vulnerável”, pois apresenta alto risco de extinção a médio prazo, em decorrência de alterações ambientais, impactando na sua redução populacional, ou ainda, da diminuição da sua área de distribuição.

A arara-canindé costuma fazer seus ninhos em buracos no tronco, onde põem seus ovos. Os filhotes permanecem no ninho até a décima terceira semana, período no qual são alimentados pelos pais que regurgitam o alimento em seus bicos.

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