Pix se torna a principal escolha dos brasileiros, aponta pesquisa

O dinheiro em espécie, que liderava como forma mais utilizada em 2021, agora ocupa o terceiro lugar.

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Alex Santos
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Pix se torna a principal escolha dos brasileiros, aponta pesquisa
A pesquisa possui nível de confiança de 95% - Reprodução

O Pix, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), consolidou-se como o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros quatro anos após seu lançamento. De acordo com a pesquisa O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro, divulgada nesta quarta-feira (4), o Pix é usado por 76,4% da população e é o meio mais frequente para 46% dos entrevistados. Em comparação com 2021, quando a ferramenta era utilizada por 46% da população e representava a escolha mais frequente para 17%, o crescimento é notável, evidenciando a adesão em massa à tecnologia.

Os dados apontam uma mudança significativa no comportamento financeiro dos brasileiros. O dinheiro em espécie, que liderava como forma mais utilizada em 2021, agora ocupa o terceiro lugar, sendo usado por 68,9% das pessoas e o meio mais frequente para 22% delas. O cartão de débito aparece em segundo lugar, com 69,1% de usuários e preferência de 17,4%. O cartão de crédito também figura como uma opção relevante, utilizado por 51,6% da população, mas é mais comum em estabelecimentos comerciais, onde lidera em 42% das transações, frente aos 25,7% do Pix.

Embora o dinheiro físico tenha perdido espaço, ele permanece presente em camadas específicas da sociedade. Entre pessoas com renda de até dois salários mínimos, 75% ainda utilizam cédulas e moedas, enquanto entre aqueles com renda superior a dez salários mínimos, o índice cai para 58,3%. O uso também varia conforme a idade, sendo mais comum entre idosos: 72,7% das pessoas com 60 anos ou mais recorrem ao dinheiro em espécie, contra 68,6% entre os jovens de 16 a 24 anos.

A pesquisa, que ouviu 2 mil pessoas entre maio e julho em capitais e cidades com mais de 100 mil habitantes, possui nível de confiança de 95% e margem de erro de 3,1%. O Banco Central destacou que, apesar do crescimento do Pix, o dinheiro em espécie ainda desempenha papel relevante, especialmente entre populações mais vulneráveis e em regiões onde o acesso à tecnologia é limitado.

Além de analisar hábitos de pagamento, o estudo também investiga aspectos como a conservação de cédulas, uso de moedas e reconhecimento de itens de segurança, contribuindo para o aprimoramento da gestão do meio circulante no Brasil. O Banco Central reforçou que a pesquisa visa a entender melhor o comportamento financeiro da população para desenvolver políticas que atendam às diferentes realidades do país.