Sideni Soncini Pimentel, natural de Jales (SP), está entre os cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) afastados nesta quinta-feira (24) devido a uma investigação que apura corrupção e venda de sentenças. A decisão foi proferida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que também autorizou a Polícia Federal a cumprir 44 mandados de busca e apreensão relacionados ao caso.
Os outros desembargadores afastados são Sérgio Fernandes Martins, atual presidente do TJ-MS; Vladimir Abreu da Silva; Alexandre Aguiar Bastos; e Marco José de Brito Rodrigues. Além deles, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de MS, Osmar Domingues Jeronymo, e seu sobrinho, Danillo Moya Jeronymo, também foram afastados de suas funções.
A operação, intitulada "Ultima Ratio", investiga crimes como corrupção, venda de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de documentos no Judiciário de Mato Grosso do Sul. As buscas estão sendo realizadas em várias localidades, incluindo Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá (MT), com o apoio da Receita Federal.
Os mandados de busca e apreensão são um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021, que já havia encontrado indícios de práticas ilícitas dentro do Judiciário.
Em decorrência das investigações, o STJ impôs restrições aos servidores afastados, como a proibição de acesso a dependências de órgãos públicos, vedação de comunicação com outros investigados e a instalação de monitoramento eletrônico.
Sideni é eleito presidente do TJ-MS para o biênio 2025-2026
Recentemente, Sideni Soncini Pimentel havia sido eleito presidente do TJ-MS para o biênio 2025-2026, em uma sessão administrativa que ocorreu no dia 17 de outubro. Com uma carreira marcada por diversas promoções, Pimentel ingressou na magistratura estadual em 1981 e, ao longo dos anos, ocupou diversas posições, incluindo a de vice-presidente do TJ-MS no biênio 2021-2022.
A investigação atual busca assegurar a integridade do sistema judiciário e combater práticas corruptas que possam comprometer a confiança da população nas instituições. A continuidade das operações e a coleta de provas são essenciais para a responsabilização dos envolvidos.