A Justiça Estadual condenou 25 integrantes de uma organização criminosa acusada de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. As penas variam de 4 a 70 anos de prisão, além de multas que chegam a R$ 15 mil. Outros cinco investigados foram absolvidos por falta de provas ou não participação nos crimes.
As condenações são resultado da Operação Torre Eiffel, deflagrada em 2023 pela Polícia Federal de Jales (SP), que desarticulou o grupo. Durante as investigações, foi constatado que a quadrilha movimentou cerca de R$ 50 milhões em apenas dois anos, por meio de transações financeiras e imobiliárias.
Lavagem de dinheiro em várias cidades
Segundo a investigação, a base da quadrilha ficava em Santa Fé do Sul (SP), onde um hotel e um centro de estética foram adquiridos pelo líder do grupo para lavagem de dinheiro do tráfico.
Em Jales, a lavagem ocorria por meio de uma empresa de mototáxi, um restaurante, além de agiotagem e compra e venda de veículos de luxo e imóveis. Já o núcleo de distribuição de drogas foi identificado em Piracicaba, Americana e Santa Bárbara d'Oeste.
O chefe do grupo foi preso em um condomínio de luxo em São José do Rio Preto, junto com a esposa, que é advogada. A filha do casal, de 14 anos, foi entregue aos avós maternos em Santa Bárbara d’Oeste.
Bloqueio de bens e prisões
Além das condenações, a Justiça determinou o bloqueio de bens, incluindo carros de luxo, embarcações, imóveis, joias e dinheiro em espécie.
Na operação, que contou com mais de 200 policiais federais, foram cumpridos 40 mandados de busca e apreensão, além de prisões preventivas e temporárias em cidades do interior paulista, além de Santa Catarina e Minas Gerais.
Foram apreendidos ainda outros veículos de luxo, embarcações, armas e aparelhos eletrônicos. Os condenados não poderão recorrer em liberdade.