Idoso de 80 anos perde quase R$ 100 mil em falsa "prova de vida" do INSS em Rio Preto

Criminosos se passaram por representantes do órgão, pediram senha bancária durante falsa “prova de vida” e realizaram saques e empréstimos no nome da vítima; INSS diz que não faz ligações.

  • Go to the profile of  Alex Santos
Alex Santos
· 1 minuto de leitura
Idoso de 80 anos perde quase R$ 100 mil em falsa "prova de vida" do INSS em Rio Preto
A instituição bloqueou a conta e orientou o registro da ocorrência - Imagem: Reprodução

Um taxista aposentado de 80 anos perdeu quase R$ 100 mil após cair no golpe do falso INSS, na noite de quinta-feira (25), em São José do Rio Preto (SP).

Segundo o boletim de ocorrência, a vítima sofreu prejuízo de R$ 59,9 mil em saques e ainda teve um empréstimo de R$ 33 mil feito em seu nome.

De acordo com o relato, o idoso recebeu uma ligação de um homem que se apresentou como representante do INSS, alegando a necessidade de realizar a “prova de vida” de forma virtual. Em seguida, o falso atendente passou a manter contato pelas redes sociais e pediu a senha bancária para concluir o procedimento.

Após ser informado de que a prova de vida havia sido concluída, o aposentado desconfiou e tentou acessar sua conta, mas não conseguiu. Ao entrar em contato com o banco, descobriu que criminosos haviam feito as movimentações fraudulentas. A instituição bloqueou a conta e orientou o registro da ocorrência na Central de Flagrantes.

Entenda o golpe

Desde maio de 2025, aposentados e pensionistas relatam ter recebido ligações sobre uma falsa prova de vida do INSS. Uma das mensagens utilizadas pelos criminosos afirma:

"Você está no INSS, o Instituto Nacional de Seguridade Social. Você é um convocado dentre 4,3 milhões de aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios de longa duração para fazer a prova de vida. Digite 1 para prosseguir com atendimento de prova de vida".

As mensagens se espalharam após a revelação de um esquema bilionário de fraudes no INSS, descoberto em abril de 2025, durante uma operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU). O esquema consistia em descontos irregulares de beneficiários, sem autorização, vinculando-os falsamente a associações e sindicatos inexistentes.