Fumaça de queimadas toma conta do céu de Santa Fé do Sul e região

A origem dessa fumaça é uma combinação de queimadas recentes em municípios do leste de MS e do noroeste paulista, além de incêndios na Amazônia e em outras regiões do país.

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Alex Santos
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Fumaça de queimadas toma conta do céu de Santa Fé do Sul e região
Fumaça tem relação com queimadas ocorridas em municípios da região, além da Amazônia - Reprodução

Mais uma vez, uma espessa camada de fumaça tomou conta do céu de Santa Fé do Sul (SP) e de cidades vizinhas nesta quinta-feira (05). A origem dessa fumaça é uma combinação de queimadas recentes em municípios do leste de Mato Grosso do Sul e do noroeste paulista, além de incêndios na Amazônia e em outras regiões do país.

O incêndio, que começou na tarde de quarta-feira (4) no limite entre os municípios de Ilha Solteira e Andradina, rapidamente se espalhou para Itapura, no interior paulista. De acordo com estimativas da Defesa Civil, aproximadamente 20 mil hectares foram afetados pelas chamas.

Aproximadamente 20 mil hectares foram afetados pelas chamas, segundo Defsa Civl - Reprodução

Na região do Parque Ecoturístico das Águas Claras, em Santa Fé do Sul, a fumaça tem prejudicado severamente a visibilidade, especialmente ao longo do Rio Paraná.

Visibilidade ficou prejudicada na região do Parque Ecoturístico das Águas Claras - Reprodução

A situação é tão crítica que a Ponte Rodoferroviária, que conecta os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, desapareceu parcialmente no horizonte. Imagens de câmeras instaladas no marco zero, em Santa Clara d’Oeste (SP), mostram o impacto da fumaça na visibilidade da ponte.

Visão marco zero, em Santa Clara d’Oeste (SP) - Reprodução

Outras áreas afetadas incluem a Praia do Sol, em Rubinéia (SP), onde a fumaça densa também tem comprometido a visibilidade, e o Parque Ecoturístico da Areia Branca, em Três Fronteiras, que amanheceu coberto pela névoa de incêndios na região.

Praia do Sol, em Rubinéia (SP), a fumaça densa também tem comprometido a visibilidade - Reprodução
Parque Ecoturístico da Areia Branca, em Três Fronteiras, ficou coberto pela névoa - Reprodução

Queimadas

A atual onda de queimadas no estado de São Paulo fez com que o interior paulista fosse classificado como uma das áreas com mais focos de incêndio no planeta durante o mês de agosto, de acordo com dados do Sistema Copernicus, consórcio climático e ambiental da União Europeia. São Paulo, que normalmente não figura entre os locais com mais fogo no mundo, teve uma situação alarmante, com 2.621 focos de calor registrados entre os dias 22 e 24 de agosto. Esse número excedeu o total anual de queimadas de vários anos anteriores, incluindo 2009, 2013, 2015, 2022 e 2023.

A situação continua crítica e as autoridades seguem monitorando a evolução dos incêndios e seus impactos na região. A população é orientada a tomar precauções para evitar problemas de saúde relacionados à poluição do ar e a seguir as recomendações das autoridades locais.