O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias após reunião com o presidente Lula. O corte abrange diversos ministérios e será apresentado ao Congresso em agosto.
Ele também afirmou que o governo fará contingenciamentos e bloqueios no orçamento atual. A redução das despesas foi baseada em um levantamento detalhado feito desde março e será detalhada no próximo Relatório de Despesas e Receitas em 22 de julho. Haddad enfatizou a importância de cumprir os limites da lei fiscal aprovada no ano passado.
Suas declarações ocorreram em meio a uma alta do dólar em relação ao real, causada pela elevação das taxas de juros nos EUA e críticas do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central. No entanto, com as declarações de Haddad e do presidente Lula, o mercado financeiro se acalmou e o dólar caiu para R$ 5,56 após atingir R$ 5,70 no pregão anterior.
"A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas", destacou o ministro da Fazenda.