Crime organizado controla mais de 1.000 Postos de combustíveis, afirma ministro da Justiça

Lewandowski afirmou que a infiltração desses grupos distorce os preços, compromete a concorrência e afeta a segurança econômica do setor de combustíveis; ministro determinou que a Polícia Federal (PF) inicie uma investigação.

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Alex Santos
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Crime organizado controla mais de 1.000 Postos de combustíveis, afirma ministro da Justiça
Investigação será focada na formação de cartéis e na entrada de organizações - Foto: Reprodução

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou na quarta-feira (05) que o crime organizado tem o controle de mais de 1.000 postos de combustíveis no Brasil, utilizando-os como fachada para lavagem de dinheiro e outras atividades ilícitas.

Durante a 1ª reunião do Núcleo de Combate ao Crime Organizado, criada em janeiro, Lewandowski determinou que a Polícia Federal (PF) inicie uma investigação sobre a atuação desses grupos criminosos no setor. O ministro afirmou que a infiltração desses grupos distorce os preços, compromete a concorrência e afeta a segurança econômica do setor de combustíveis. A investigação será focada na formação de cartéis e na entrada de organizações criminosas nesse mercado.

“O crime organizado tem utilizado postos de combustíveis como fachada para lavagem de dinheiro e outras práticas ilícitas. Estima-se que mais de 1.000 postos já estejam sob controle dessas organizações, o que afeta diretamente a concorrência, distorce os preços e compromete a segurança econômica do setor”, disse o ministro.

Lewandowski destacou que, além de desarticular as operações criminosas, o objetivo é fortalecer os mecanismos de fiscalização, garantindo que o mercado de combustíveis funcione de forma justa e transparente.

O ministro afirmou que a infiltração desses grupos distorce os preços - Foto: Governo Federal

O ministro também anunciou a criação de um subgrupo permanente que vai reunir informações estratégicas para apoiar a PF nas investigações. Este subgrupo será composto por diversas agências e servidores e terá como missão reforçar o enfrentamento ao crime organizado, que tem causado prejuízos significativos à economia, com sonegação de impostos, lavagem de dinheiro e adulteração de produtos. O ministro concluiu ressaltando a importância da colaboração entre órgãos públicos e privados para combater essa infiltração criminosa.

“O crime organizado infiltrado no setor de combustíveis tem gerado grandes prejuízos à economia nacional, não só pela sonegação de bilhões em impostos, mas também pela prática de lavagem de dinheiro, adulteração de produtos e formação de cartéis”, afirmou.