Buscas por Carmen Alves são encerradas em Ilha Solteira; nenhum vestígio foi encontrado

Marcos Yuri Amorim, e o policial militar ambiental da reserva Roberto Carlos de Oliveira, seguem presos.

  • Go to the profile of  Alex Santos
Alex Santos
· 2 minutos de leitura
Buscas por Carmen Alves são encerradas em Ilha Solteira; nenhum vestígio foi encontrado
As operações de busca foram realizadas no sábado, domingo e segunda - Imagem: Renan Cáceres

As buscas pelo corpo da estudante universitária Carmen de Oliveira Alves, de 26 anos, foram encerradas, após três dias de varreduras, que durou até a última segunda-feira (21), no rio São José dos Dourados, em Ilha Solteira (SP). Carmen está desaparecida desde 12 de junho, e o caso é investigado como feminicídio.

Carmem, Marcos Yuri e Roberto Carlos de Oliveira - Imagem: Reprodução

As operações de busca foram realizadas no sábado e domingo, das 9h às 18h, em um trecho de 20 quilômetros do rio, com uso de jet skis para alcançar áreas de difícil acesso. As equipes utilizares sonares de última geração para vasculhar o leito do rio. A vegetação aquática dificultou os trabalhos e, segundo os responsáveis, nenhum vestígio foi encontrado. Além disso, um equipamento que "enxergar" o que está abaixo da superfície da terra também foi utilizado.

A equipe da Marinha, que retornou para Barra Bonita (SP) na segunda-feira (21), informou que permanece à disposição para novas ações, caso seja solicitada pela polícia.

Equipamento que "enxergar" o que está abaixo da superfície da terra também foi utilizado - Imagem: Renan Cáceres

Enquanto aguardam respostas, amigos, colegas e familiares de Carmen organizam uma homenagem em Ilha Solteira, com exposição de fotos e um sarau cultural.

Jean Ribeiro, vice-diretor da Unesp de Ilha Solteira, afirmou que a universidade tem oferecido apoio psicológico à família da vítima e reforçado a importância da continuidade das investigações. A instituição também tem acompanhado de perto os desdobramentos do caso.

O desaparecimento

De acordo com o boletim de ocorrência, Carmen foi vista pela última vez no dia 12 de junho, logo após fazer uma prova na Unesp. Ela havia saído de casa na noite anterior com uma bicicleta elétrica preta, que não foi localizada. O sinal do celular da jovem foi captado pela última vez próximo ao rio São José dos Dourados. Marcas de pneus semelhantes aos da bicicleta foram encontradas em uma área de mata próxima à universidade.

Desde então, a comunidade se mobilizou com manifestações e ações de busca.

Prisões e investigação

Dois dias antes de o desaparecimento completar um mês, a Polícia Civil prendeu preventivamente o namorado de Carmen, Marcos Yuri Amorim, e o policial militar da reserva Roberto Carlos de Oliveira. Os dois mantinham, segundo a investigação, uma relação afetiva e financeira.

Carmen teria sido morta na casa de Marcos Yuri, em um assentamento. A Polícia Civil trata o caso como feminicídio. O delegado responsável, Miguel Rocha, afirmou que Carmen pressionava o namorado para assumir o relacionamento e havia descoberto que ele cometia furtos.

Um dossiê com denúncias contra Marcos Yuri foi localizado no computador da vítima, mas foi apagado no mesmo dia do desaparecimento. Os suspeitos seguem presos.

Carmen teria sido morta na casa de Marcos Yuri, no assentamento Estrela da Ilha - Imagem: Alex Santos