O Banco Central informou nesta terça-feira (11) que, em setembro de 2025, foram resgatados R$ 455,68 milhões por correntistas e empresas por meio do Sistema de Valores a Receber (SVR). Desde o início da plataforma, o BC já devolveu R$ 12,22 bilhões ao público, enquanto R$ 9,73 bilhões seguem disponíveis para saque.
O SVR permite que pessoas físicas, jurídicas e sucessões verifiquem saldos esquecidos em bancos, consórcios, financeiras e corretoras. A consulta é feita sem login, usando CPF e data de nascimento (ou CNPJ e data de abertura da empresa). Quando houver saldo, o sistema informa o valor, a origem e a instituição responsável pela devolução. Para efetivar o pedido pelo próprio sistema, é necessário acesso com conta Gov.br nos níveis prata ou ouro, com autenticação em duas etapas.
Desde maio de 2025, o BC liberou a solicitação automática de resgate para pessoas físicas que tenham chave Pix do tipo CPF. Com essa funcionalidade opcional, os valores disponibilizados pelas instituições são creditados diretamente na conta do beneficiário, sem a necessidade de pedidos manuais a cada novo valor.
As origens mais comuns dos recursos incluem saldos de contas-correntes ou poupanças encerradas, cotas de cooperativas, recursos de consórcios encerrados, tarifas e cobranças indevidas, contas de pagamento encerradas e saldos mantidos por corretoras e distribuidoras extintas.
Até o fim de setembro, 34.286.689 beneficiários já haviam resgatado valores — sendo 30.926.111 pessoas físicas e 3.360.578 pessoas jurídicas. Outros 53.374.323 beneficiários ainda não retiraram seus recursos (48.639.667 pessoas físicas e 4.734.656 pessoas jurídicas). A maioria dos créditos é de pequeno valor: 64,63% dos beneficiários têm direito a quantias de até R$ 10; 23,84% a valores entre R$ 10,01 e R$ 100; 9,72% entre R$ 100,01 e R$ 1.000; e 1,81% detém acima de R$ 1.000.
O Banco Central alertou novamente para tentativas de fraude. Todos os serviços do SVR são gratuitos; a autarquia não envia mensagens, links ou contatos solicitando confirmação de dados e não pede senhas. O BC recomenda que ninguém forneça informações pessoais a intermediários que se proponham a resgatar valores.