Brasileira condenada pelos atos de 8 de janeiro é presa ao tentar deixar a Argentina

Sirlene Zanotti, de 53 anos, natural de Andradina (SP), foi detida após tentativa de cruzar a fronteira para o Paraguai; condenada a 14 anos, ela era considerada foragida pelo STF.

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Alex Santos
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Brasileira condenada pelos atos de 8 de janeiro é presa ao tentar deixar a Argentina
Grupos de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram - Imagem: Reprodução

A brasileira Sirlene Zanotti, de 53 anos, condenada por participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília (DF), foi presa na Argentina na terça-feira (2). Natural de Andradina (SP), ela cumprirá pena pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Segundo informações divulgadas, Sirlene era considerada foragida após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que expediu mandado de prisão contra ela. A condenação, emitida em março de 2024, determinou 14 anos de prisão, com início em regime fechado.

Sirlene Zanotti, de 53 anos, foi condenada por participação nos atos antidemocráticos - Imagem: Reprodução

A detenção ocorreu quando Sirlene tentava deixar a Argentina rumo ao Paraguai, passando pela fronteira. A Justiça considerou a ré culpada por tentativa de golpe de Estado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

O Ministério das Relações Exteriores confirmou ter recebido a informação da prisão por meio da rede consular brasileira na Argentina.

Relembre

Em 8 de janeiro de 2023, grupos de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, uma semana após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Móveis, obras de arte e estruturas históricas foram destruídos na Câmara dos Deputados, Senado Federal, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto.

A ação resultou na prisão de milhares de pessoas, que passaram a responder a processos no STF por crimes como golpe de Estado, associação criminosa e dano ao patrimônio público.

Sirlene estava entre as condenadas investigadas pelos atos e foi localizada quase dois anos após os ataques.

Com G1 Rio Pretro