O BNDES aprovou financiamento de R$ 2,96 bilhões para obras de ampliação e modernização da malha viária do Noroeste de São Paulo, anunciada no último sábado (06). O recurso será destinado à Ecovias Noroeste Paulista, concessionária responsável por trechos das rodovias SP-310 (Washington Luís), SP-323, SP-326, SP-333 e SP-351, que passam por municípios como São José do Rio Preto, Barretos, Araraquara, São Carlos e Catanduva.
O pacote inclui a duplicação de 123 km, a criação de 147 km de faixas adicionais, 75 km de ciclovias e melhorias em trechos urbanos, com 26 km de vias marginais e novas passarelas. As dez praças de pedágio da concessão serão gradualmente trocadas por pórticos de cobrança automática (free flow); dois desses pórticos já operam no novo sistema. Do total anunciado, R$ 2,783 bilhões serão viabilizados por emissão de debêntures incentivadas coordenadas pelo BNDES e R$ 178 milhões pelo crédito da linha Finem.
Outros investidores em debêntures somarão cerca de R$ 1,173 bilhão, elevando o endividamento de longo prazo da concessão para R$ 4,13 bilhões. O valor total do projeto está estimado em aproximadamente R$ 6 bilhões até 2030, com possibilidade de investimentos superiores a R$ 16 bilhões ao longo dos 30 anos da concessão.
A implantação das obras deve gerar em torno de 2,1 mil empregos diretos e indiretos na fase de execução, segundo a concessionária. Em nota, o presidente do BNDES destacou a relevância do corredor rodoviário para o escoamento agroindustrial e para a logística regional, apontando o financiamento como ação para fomentar o desenvolvimento local.
A Ecovias Noroeste Paulista, controlada pelo Grupo EcoRodovias, administra cerca de 600 km de rodovias no estado e o lote Noroeste abrange 32 municípios na região.