Alunos de Publicidade e Jornalismo participam de tribunal simulado sobre ética e inteligência artificial na comunicação

Atividade compôs a avaliação final da disciplina “Legislação e Ética na Comunicação”

  • Go to the profile of  Renan Cáceres
Renan Cáceres
· 1 minuto de leitura
Alunos de Publicidade e Jornalismo participam de tribunal simulado sobre ética e inteligência artificial na comunicação

Em uma iniciativa inovadora, alunos do quarto período dos cursos de Publicidade e Jornalismo da Fundação Educacional de Fernandópolis participaram, na noite de ontem, 7, de um tribunal simulado. O evento teve como foco a discussão de questões éticas e legais no uso de inteligência artificial (IA) em campanhas publicitárias.

O caso em análise reproduziu a controvérsia gerada pela campanha publicitária da Volkswagen em celebração aos seus 70 anos. A campanha usou tecnologia de ‘deepfake’ para recriar a imagem da cantora Elis Regina, que apareceu em um dueto virtual com sua filha. O uso inovador de IA chamou a atenção do Conar - Conselho de Autoregulamentação Publicitária, que iniciou um processo contra a empresa, questionando se a propaganda havia ultrapassado os limites éticos ao utilizar a imagem da cantora por meio de IA.

Segundo a aluna do quarto período de Publicidade, Analice Tardioli, a experiência vivenciada transcende os limites tradicionais da sala de aula. “Ao simular um tribunal para debater a ética e a legalidade do uso de inteligência artificial na nossa área, enfrentamos questões que são não só atuais, mas, também, importantes para a prática da nossa profissão”.

Apesar de o Conselho ter posteriormente arquivado o processo, os estudantes exploraram uma variedade de argumentos, enfrentando os desafios éticos e legais que profissionais de jornalismo e publicidade frequentemente encontram.

O professor Augusto Martins, responsável pela disciplina, ressaltou que a atividade proporcionou aos estudantes a oportunidade de ponderar sobre as fronteiras da criatividade nas mensagens e os desafios contemporâneos na área da comunicação.

“O exercício proposto foi mais do que compreender questões ética e legais; foi sobre refletir o nosso papel enquanto comunicadores em uma era de tecnologias como a IA, repleta de possibilidades e desafios éticos. Como futuros profissionais, os alunos precisam se aproximar do equilíbrio de inovação e responsabilidade, cultivando uma consciência crítica vital para a profissão”, pontua.