Aliados do presidente Jair Bolsonaro já preveem que o Congresso Nacional irá derrubar o corte de R$ 980 milhões feito pelo governo no orçamento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo esses aliados, o próprio Bolsonaro vai ser prejudicado com o corte, que pode aumentar a fila de pedidos de benefícios não atendidos pelo instituto.
O blog apurou que Bolsonaro vetou o aumento de verbas para o INSS, acertado entre o relator Hugo Leal (PSD-RJ) e a equipe do instituto para melhorar o atendimento das agências. Só que o governo vetou a verba extra para o órgão. Cabe ao Congresso analisar vetos presidenciais, podendo mantê-los ou derrubá-los.
Atualmente, o INSS tem uma fila de 1,8 milhão de benefícios em análise (aposentadorias, pensões e pagamento por licença médica), e a fila tende a crescer. O governo prometeu zerar essa fila, que já superou 2 milhões de pedidos travados, mas até hoje não conseguiu.
Segundo aliados de Bolsonaro, a fila vai ser usada pela oposição na campanha presidencial deste ano, desgastando a imagem do presidente da República.
Por sinal, a oposição já está fazendo isso. O deputado José Guimarães (PT-PE) disse ao blog que os cortes no orçamento mostraram um governo preservando verbas com fins eleitorais e cortando dinheiro destinado à população brasileira.
“Os cortes atingem a área social do governo. Não vai ter dinheiro para as agências do INSS funcionarem, as pessoas não vão conseguir ter seus pedidos atendidos”, disse o deputado petista.
Para ele, Bolsonaro fez uma opção eleitoral para manter no Orçamento verbas que vão ser usadas na sua campanha presidencial.
O que diz o relator
O relator-geral do Orçamento da União deste ano, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), também criticou os cortes feitos pelo governo, em especial no INSS.
Ele vai estar em Brasília nesta semana e já vai discutir com seus colegas uma reação aos cortes. Segundo ele, há uma possibilidade de esses cortes serem revertidos dentro do Congresso Nacional.
Fonte: Globo News e G1